quinta-feira, 1 de julho de 2010

Vitaminas do Complexo B





















Hoje iremos falar das vitaminas do complexo B que ajudam a diversos setores do nosso corpo.

As vitaminas do complexo B ajudam a manter a saúde dos nervos, pele, olhos, cabelos, fígado e boca, assim como a tonicidade muscular dos aparelho gastrintestinal. As vitaminas do complexo B são coenzimas envolvidas nas produção de energia e podem ser úteis nos casos de depressão e ansiedade. As vitaminas do complexo B devem sempre ser ingeridas juntas, mas uma determinada vitamina B poder ser consumida de duas a três vezes mais do que outra na tratamento de um determinado problema.


Conheça já um artigo completo sobre todas as vitaminas do complexo B, para que servem, onde são encontradas e tudo mais.

Boa leitura!


Tiamina

Hidrossolúvel, a Vitamina B1 (nome químico tiamina, anteriormente conhecida também por vitamina F) tem as seguintes funções no organismo:
* Importante para o bom funcionamento do sistema nervoso, dos músculos e do coração.
* Auxilia as células na produção de combustível para que o corpo possa viver.
* Melhora a atitude mental e o raciocínio.

A carência desta vitamina na alimentação humana pode conduzir à avitaminose designada por beribéri.

Sinais de falta: Insônia, nervosismo, irritação, fadiga, depressão, perda de apetite e energia, dores no abdômen e no peito, sensação de agulhadas e queimação nos pés, perda do tato e da memória, problemas de concentração.

Frequente em : Anemicos, alcoolicos.
Inimigos da Vitamina B1: Álcool, café e cigarro, antiácido, barbitúricos, diuréticos, excesso de doces e açúcar, e betel.
Foi descoberto que certos peixes de rio cru, ostras cruas, e samambaias produzem uma enzima que destroi a vitamina B1.
A falta de vitamina B1 pode acarretar problemas como:
Beribéri (o que inclui perda de peso, distúrbios emocionais, inflamação e degeneração dos nervos, fraqueza e dor nos membros, períodos de batimento cardíaco irregular e edema), insuficiência cardíaca, distúrbio mental, perda de apetite e de energia. Onde encontramos naturalmente?
Ervilhas, feijão, pão integral, fiambre, arroz integral, cereais integrais, nozes, fígado, rins, carne de porco, peixes, amendoins, legumes, cereais integrais, grãos, verduras amargas e gema de ovo, macarrão integral.

Necessidade dirária: 1,0-1,2 mg Superdosagem: >200 mg
Certos medicamentos, tais como a ouabaína (um medicamento utilizado no tratamento da falha cardíaca congestiva), a teofilina (um relaxante muscular suave, diurético e estimulante do sistema nervoso central), a penicilina e o ácido bórico, deslocam a riboflavina da sua ligação proteica e inibem assim o seu transporte ao sistema nervoso central. O probenecide (um medicamento anti-gota) inibe a absorção gastro-intestinal e a secreção tubular renal da riboflavina. A clorpromacina (um medicamento anti-psicótico) é estruturalmente análoga à riboflavina. Evita a incorporação da riboflavina no FAD. Outros medicamentos que foram relatadas como tendo uma influência relativa na absorção ou no metabolismo da riboflavina são as fenotiazinas (tranquilizantes), os barbitúricos, a estreptomicina (um antibiótico) e os contraceptivos orais. O antagonista galactoflavina é frequentemente utilizado experimentalmente para apressar o desenvolvimento da deficiência de riboflavina.

Também hidrossolúvel, apesar de em muitos casos, a suplementação em si ser um tanto quanto difícil de dissolver em água.

Os sintomas da deficiência desse micronutriente são tais como:
Fotofobia, lacrimação,
queimadura e coceira dos olhos,
perda da acuidade visual,
dor nos lábios, boca e língua.
Estomatite, Queilose, Glossite, estomatite.

E seu excesso, nada mais trará do que desperdício…

As recomendações diárias de dosagem variam de 0,3mg/dia para crianças de até 7 meses ao máximo de 1,6mg/dia para mulheres em período de lactação... Onde encontrar naturalmente?

Fígado – 3,01mg/100g
Torresmo – 2,25mg/100g
Leite em pó – 1,46mg/100g
Carne seca bovina – 0,95mg/100g
Cogumelos, queijo minas, lentilha, salsa, coentro, mostarda, avelã, abacate, manga, maçã, abacaxi, ovos, ervilha…

——————————————————–
Niacina

Niacina é o termo genérico para a nicotinamida ou ácido nicotínico. Sua absorção ocorre no intestino delgado e um pequeno armazenamento ocorre no organismo. Qualquer excesso é eliminado através da urina.

A niacina está presente em coenzimas essenciais para as reações de oxidação-redução envolvidas na liberação de energia por carboidratos, gorduras e proteínas

Participa nos mecanismos de oxidação celular, intervém no aproveitamento normal dos prótides pelo organismo, influência o metabolismo do enxofre, tem sido usado como agente farmacológico para diminuir o colesterol do plasma.

Reduz triglicerídeos, antipelagra. Ajuda a prevenir e aliviar a dor de cabeça provocada por enxaqueca. Estimula a circulação e reduz a pressão sangüínea alta. Importante nas funções cerebrais e revitalização da pele, também na manutenção do sistema nervoso e do
aparelho digestivo.

A hidrossolúvel, é completamente absorvido em todos os segmentos do trato intestinal e após administração terapêutica de doses maciças de nicotinamida apenas traços de nicotinamida inalterada são encontrados na urina e somente após a administração de doses extremamente altas é que a nicotinamida inalterada é o principal produto de excreção. Quanto ao armazenamento, pouco se conhece sua extensão no organismo, acreditando-se que ela faça principalmente no fígado.

As deficiências dessa vitamina podem ser tais como: Pelagra
(dermatose, diarréia, inflamações na língua, disfunção intestinal e cerebral)…
E em casos de superdosagem, é prejudicial a pacientes que possuem asma, doença de úlcera pélvica, formigamento da pele e dores de cabeça… Recomendações diárias:
Variam de 2mg/dia para crianças de até 7 meses a 17mg/dia para mulheres em lactação…

Onde encontrar naturalmente?
Carne de aves defumada – 15,5mg/100g
Amendoin – 15,5mg/100g
Coelho – 12,8mg/dia
Lagarto – 8,2mg/100g
Grão de cevada – 7,2mg/100g
Ganso, grão de trigo, arroz integral, tamarindo, castanha de caju, carne bovina gorda, pimenta, pinhão, fígado, rim, coração…

——————————————————–
Adenina – Não é mais considerado uma vitamina…

A adenina (Vitamina b4) é uma purina que possui uma grande variedade de papeis em bioquímica participando da respiração celular, na forma de adenosina trifosfato (ATP), dinucleotídeo nicotinamida-adenina (NAD) e dinucleotídeo flavina-adenina (FAD). Na síntese de proteínas participa como um componente químico do DNA e RNA.

O metabolismo das purinas envolve a formação da Adenina e Guanina. Tanto a Adenina como a Guanina são derivados do nucleotídeo inosina monofosfato (IMP) o qual é sintetizado em uma ribose preexistente por uma complexa via usando átomos provenientes de aminoácidos como a glicina, glutamina e aspartato, bem como o folato e bicarbonato.

A niacina e riboflavina, liga-se com a adenina para formar os co-fatores essenciais dinucleotideo nicotinamida-adenia (NAD) e o dinucleotideo flavina-adenina (FAD) respectivamente.

A deficiência desse micronutriente pode gerar:
Doenças no sistema nervoso, fraqueza muscular, degenerativas da córnea…
Não há relatos da superdosagem desse micronutriente…

Onde encontrar naturalmente?
Peixes, carnes, ovos, leite e derivados.

Ácido Pantogênico

O ácido pantotênico é essencial para o metabolismo celular. Está envolvido na liberação de energia do carboidrato, na degradação e metabolismo de ácidos graxos, na síntese do colesterol, fosfolipídeos, hormônios esteróides, formação de anticorpos e porfiria para hemoglobina e colina.Quimicamente, o ácido pantoténico é uma amida composta pelo ácido D-pantóico e o aminoácido alanina. O nome sistemático da forma biologicamente activa (o isómero D; o isómero L não possui actividade biológica[1]) é ácido 3-[(2R,4-dihidroxi 3,3-dimetilbutanoil)amino]propanóico.

Alguns problemas da deficiência do AP são:
Fadiga, má produção de anticorpos, cãibras musculares, dores e cólicas abdominais, insônia,mal-estar geral, fraqueza de unhas e cabelo.
E não há relatos sobre sua superdosagem.

Doses recomendadas: Elas variam de 1,7mg/dia para crianças de até 7 meses e 7mg/dia para mães em períoso de aleitamento…

Onde encontrar naturalmente?
Fígado bovino – 6,30mg/100g
Germe de trigo – 2,24mg/xícara de chá
Amendoim torrado, batata doce, leite, tâmaras, mamão papaia, frango, morango, salmão, cogumelos, milho…

——————————————————–
Piridoxina

A piridoxina é um complexo de três compostos químicos (piridoxamina, piridoxal, piridoxol), ativos, relacionados entre si. A mesma (também conhecida como vitamina B6), favorece a respiração das células e ajuda no metabolismo das proteínas. É absorvida no intestino delgado, mas diferentemente das outras do complexo não é totalmente excretada pelos rins, ficando retida, principalmente, nos músculos.

Essa vitamina ajuda no metabolismo dos aminoácidos, sendo importante para um crescimento normal e essencial para o metabolismo do triptofano e para a conversão deste em niacina. Isto mostra a ligação que essas vitaminas tem umas com as outras.

A deficiência dessa vitamina é relativamente rara, no entanto, alguns medicamentos como a isoniazida, diminuem as concentrações plasmáticas da piridoxina.

Pessoas com quadro de alcoolismo e mulheres grávidas que apresentam pré-eclâmsia ou eclâmpsia,podem apresentar deficiência dessa vitamina.

Estudos feitos, ainda não comprovaram, totalmente, sua eficiência na tensão pré-menstrual. Alguns outros benefícios da piridoxina são:
* Assimila adequadamente a proteína e a gordura.
* Ajuda na conversão do trip-tofano, que é um aminoácido essencial, em niacina.
* Contribui para evitar diversas perturbações nervosas e da pele.
* Alivia a náusea.
* Promove a síntese de ácidos nucléicos antienvelhecimento.
* Ajuda a reduzir a secura na boca e problemas para urinar causados por antidepressivos tricíclicos.
* Reduz espasmos musculares noturnos, cãibras nas pernas, dormência nas mãos e algumas formas de neurite nas extremidades.
* Funciona como um diurético natural.

A congelação de vegetais causa uma redução de até 25%, a moagem de cereais, gera um desperdício tão elevado como 90%. As perdas por cozedura de alimentos processados podem alcançar os 40%.
Existem mais de 40 medicamentos que interferem com a vitamina B6, os quais podem causar uma disponibilidade diminuída e mau estado da vitamina B6. Os principais antagonistas incluem:

-Desoxipiridoxina, um anti-metabolito eficaz
-Isoniaside, uma droga tuberculostática
-Hidralazina, um anti-hipertensor
-Ciclosserina, um antibiótico e
-Penicilamina, utilizada no tratamento da doença de Wilson.

A vitamina B6, por outro lado, pode actuar em si mesma como um antagonista nos pacientes com doença de Parkinson e que estejam sob tratamento com L-dopa. Em tais casos, pode contrariar o efeito da L-dopa.

É raro o estado de deficiência dietária que mostre sintomas de deficiência clínica definidos, embora quase 50% das dietas avaliadas no Estudo de Consumo de Alimentos dos EUA de 1977-78, forneça menos de 70% da ingestão recomendada. De forma semelhante, um inquérito nutricional mostrou que três quartos de (…) produzem mais ácido xanturénico na urina. Se a administração de 100 mg de triptofano por quilo de peso, levar a uma excreção de ácido xanturénico em excesso de 30 mg em 24 horas, pode ser diagnosticada uma deficiência em piridoxina.

As mulheres grávidas e a amamentar. Isto deve-se aos requisitos adicionais feitos pelo feto ou pelo bebé. As mulheres que tomam contraceptivos orais com elevado teor de estrogénio.

Os alcoólicos crónicos. A bebida em excesso pode debilitar gravemente a capacidade do fígado para sintetizar PLP.

Pessoas com uma elevada ingestão de proteínas, dado que o metabolismo da proteínas depende da presença da piridoxina.

A deficiência da vitamina b6 pode causar: Anomalias no sistema nervoso central, Desordens da pele, Irritabilidade, Convulsões, Anemia.< style="font-weight: bold;">Fontes:


Emedix;
Wikipedia;
Dietary Reference Intakes: Recommended Intakes for Individuals Vitamins, Food and Nutrition Board, Institute of Medicine, National Academies, 2004;
Biomodulação Corporal;
ABC da Saúde;
Alimentação VIva e Sustentável;
Alimentação Saudável.

Nenhum comentário:

Postar um comentário